O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) realizou, na noite de quarta-feira, 15, assembleia geral extraordinária na cidade de Lagoa Vermelha, no Norte do Estado. Na pauta, a situação do IPE-Saúde. O principal tema: a falta de reajustes aos profissionais médicos por parte do Governo do Estado, algo que há mais de 10 anos não ocorre.O convênio com o IPE-Saúde é responsável por atender mais de um milhão de pessoas no Estado e a falta de reajuste tem gerado um grande impacto na vida dos profissionais da saúde.
Durante a assembleia, os profissionais médicos presentes discutiram a situação e tomaram uma decisão importante: caso o Governo não dê atenção ao problema, eles deverão desvincular-se do sistema de atendimento. A decisão foi tomada depois de uma longa discussão sobre a importância dos reajustes e a valorização dos profissionais que prestam serviços à população. Os médicos afirmaram que não é justo continuar trabalhando sem o devido reconhecimento e remuneração adequada.
"Decidimos por unanimidade. Se o IPE não acatar as reivindicações, irá acontecer um descredenciamento coletivo dos profissionais de Lagoa Vermelha. Nós vivenciamos uma grande burocracia para o credenciamento de profissionais, a dificuldade de especialistas no interior, e uma tabela defasada. Desde 2008 nós não recebemos reajuste”, afirmou o diretor do Simers em Lagoa Vermelha, Rodrigo Baggio Costa da Silva.
A diretora do Simers na Região Norte, Sabine Chedid, que coordena as reuniões regionais sobre o tema, destacou a decisão dos profissionais da medicina de Lagoa Vermelha. "A categoria médica ultrapassou o seu limite. Chegou o momento em que se não forem acatadas pelo IPE-Saúde as reivindicações dos médicos, haverá o descredenciamento da totalidade dos profissionais que prestam atendimento pelo plano. É a única alternativa frente ao desmonte da tabela de honorários e demais ações praticadas pelo Instituto”, afirmou.
O Simers vem acompanhando de perto a situação e se compromete a continuar lutando pelos direitos dos médicos e pela valorização da categoria. A desvinculação dos profissionais do sistema de atendimento IPE Saúde é uma medida extrema, mas que pode ser necessária caso o Governo não tome providências para resolver o problema. Novas assembleias serão realizadas pelo sindicato em outros municípios do interior do RS, com objetivo de ouvir os demais profissionais da medicina e debater sobre o mesmo assunto.
Guaporé, no Vale do Taquari, também debate a pauta, na noite de quarta-feira, 16 , comandada pelo diretor do Simers na cidade, Werner Izolan. A programação prevê novas assembleias em outras cidades nos próximos dias.
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